O Meio Ambiente levado a sério!

O Meio Ambiente levado a sério!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS!

Caros amigos,

Depois de alguns anos sem escrever, torno a publicar meus relatos neste blog. Muitas coisas aconteceram e hoje o blog não se trata mais de uma página contendo apenas relatos de viagens e histórias...

Com o surgimento de uma oportunidade de termos um espaço em uma estação de rádio FM, decidimos dar voz aos nossos pensamentos e idéias. Foi quando nasceu o Programa Natureza em Foco. Um programa onde buscamos semear idéias e práticas ambientalistas de modo a sensibilizar nosso ouvintes leitores (ou seriam leitores ouvintes? nem sei mais! rsrsrs.).

Com um pouco mais de um ano no ar pela Rádio São José FM - 100.5 (e pelo www.saojosefm.com.br), nosso programa recebe convidados mais do que especiais, que contribuem significativamente com o enriquecimento intelectual de nossos ouvintes, pois já abordamos temas variados que vão desde a proteção animal até reflexões sobre nossas ações no dia-a-dia, além de muito mais!

Queremos convidar você caro ouvinte (e agora leitor!) a interagir conosco em mais este ambiente de comunicação.Contamos com vocês para nos ajudarem nesta luta de fazer alguma coisa por esse nosso tão maltratado planeta! Ajudem-nos da divulgação desses pensamentos e idéias!!




sejam todos muito bem-vindos ao nosso blog!



Atenciosamente,



Rayssa Barros e Valdemir Tavares - Programa Natureza em Foco.




quinta-feira, 10 de junho de 2010

SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL: UMA REAÇÃO EM CADEIA!

No dia 05 de junho de 2010 foi comemorado por nós o dia do meio ambiente, no qual foi realizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural REVECOM a I Trilha Interpretativa em Comemoração a semana do meio-ambiente. O evento contou com alunos do curso de Biologia da Universidade Vale do Acaraú – UVA, além de alunos da Universidade Federal do Amapá-UNIFAP, dos cursos de Ciências Ambientais e Biologia. Participaram também biólogos, professores e outros colegas interessados na causa ambiental.

O evento foi muito produtivo, uma vez que seu objetivo central era disseminar a Educação Ambiental, utilizando os conceitos de cidadania baseados principalmente na carta da terra, além de ressaltar o respeito do ser humano para com os outros seres vivos. A atividade teve a duração aproximada de seis horas e contou com a nobre presença do coordenador geral da RPPN REVECOM, Dr. Paulo Neme do Amorim, no qual o mesmo conduziu os participantes por grande parte do trajeto.


Figura I. Paulo Amorim iniciando as atividades na entrada da trilha Maracá. Foto: Rayssa Barros.

Com seu vasto conhecimento sobre Teologia, Biologia, além da imensa habilidade de sensibilizar as pessoas, o Dr. Paulo mostrou que ainda há muito que aprendermos tanto como profissionais quanto como pessoas, no qual a principal lição é refletirmos sobre nossas ações e costumes e reformularmos tudo isso para atingir positivamente a outras pessoas para que haja então uma reação em cadeia no lugar onde vivemos. Acredito que somente assim estaremos de fato praticando a Educação Ambiental.

Chegando ao setor de fauna em cativeiro, o Dr. Paulo passou os trabalhos para mim e uma grande amiga, Bárbara Fonseca, que assim como eu também luta para se formar em breve, além de ser uma ambientalista de coração. Ao conduzirmos os participantes pelo resto da trilha, pude perceber que sensibilizar as pessoas é uma dádiva que poucos possuem. Somente com a prática constante desta atividade é que vamos adquirindo experiência e habilidade. E somente com a sensibilização é possível ter esperanças de mudança de hábitos em cadeia. As escolas deveriam ensinar isso a seus alunos e na universidade, a arte de sensibilizar deveria ser reforçada em disciplinas como Educação Ambiental, Ética Ambiental e tantas outras.

Ao chegarmos ao trapiche, depois de quase 3 horas de trilha, os participantes fizeram um lanche, descansaram e seguimos então para a segunda etapa da atividade: o momento de expor pensamentos e idéias adquiridos ao longo da trilha. A atividade foi realizada de modo que os participantes formaram grupos de 5 a 6 pessoas e tinham que responder a 3 perguntas: O que é conservação? Por que devemos conservar (utilizando uma espécie de fauna ou flora como exemplo)? O que você poderia fazer para contribuir com a conservação do exemplo citado na pergunta anterior?


Figura II. Participantes do evento expõem seus pensamentos sobre conservação. Foto: Rayssa Barros

A exposição de idéias foi interessante, pois despertou a criatividade e interação dos participantes, que falaram muito abertamente sobre tais questionamentos. Após todos terem feito suas exposições, foram apresentados slides falando sobre educação ambiental e crueldade com os animais, no qual através das duas temáticas os participantes puderam perceber que a grande diferença entre o ser humano e os demais animais é que nós temos raciocínio mais elaborado e, teoricamente, deveríamos ser a espécie que mais zelasse pelo planeta, no sentido de conservar os valores naturais, culturais e utilizando os recursos não-renováveis da terra de modo sustentável e racional, que infelizmente não é o que vem ocorrendo.

A apresentação encerrou com um vídeo muito chocante sobre animais que são “descorados” vivos no continente asiático. As imagens foram fortes o suficiente para levar muitos participantes a chorar e a repensar sobre suas ações ao ambiente em que vivem, principalmente com os outros animais. Acredito que conseguimos realizar nosso papel nesta trilha, quanto disseminadores da mensagem sobre o pedido de socorro que o planeta vem fazendo tão explicitamente a todos nós.

Assim como uma sequência de fatos, esta semana tive a felicidade de assistir ao filme Avatar de James Cameron, no qual me emocionei ao ver as cenas devastadoras da destruição da árvore sagrada do planeta Pandora. O filme nos passa uma mensagem muito importante através dos nativos Na´vi. Considerados primitivos pelos humanos, os Na´vi veneram uma deusa chamada Eywa, que para nós equivaleria ao nosso Deus. Contudo, os seres humanos invadem o planeta Pandora para explorar uma espécie de mineral rochoso de alto valor comercial para o planeta terra. E como já não era de se esperar, tudo o que o ser humano toca tem a habilidade de destruir, sendo isso exatamente o que tentam fazer em Pandora.


Figura III. A forte ligação entre os Na´vi e a natureza de Pandora. Será que estamos esquecendo de fazer o mesmo com nosso planeta? Imagem: Autor desconhecido.

Contudo, é impressionante e emocionante ver e até mesmo sentir a íntima ligação entre os Na´vi e a natureza de seu mundo. A sensação que tenho ao percorrer as trilhas da REVECOM, assim como percorrer qualquer floresta e mesmo o simples fato de conversar com as pessoas sobre a natureza me levam a ter uma sensação semelhante. O que falta agora é conectar esta sensação a outras pessoas e creio que possamos fazer isso muito humildemente a partir de atividades como estas de sensibilização, começando por um simples passeio em um fragmento de floresta e mostrando o quanto a natureza tem nos oferecido e não valorizamos. No filme avatar, o povo Na´vi tem o pensamento de que toda a energia que eles possuem para viver é emprestada da natureza e que no momento de sua morte terão que devolvê-la a Eywa.

Nós também temos um pouco de avatar em cada um de nós! Lamentavelmente esta conexão entre seres humanos e natureza vem sido perdida ao longo dos anos pelo capitalismo selvagem que leva ao consumo exagerado dos recursos naturais e ditos não-renováveis. Será que estamos caminhando para o fim de nossa existência? Ainda há tempo para mudar as coisas. Precisamos nos esforçar para provocar uma reação positiva em cadeia. O que você acha de tentar?

• Comece hoje mesmo botando a mão na consciência, repensando sobre suas ações e procure conversar mais a respeito sobre o tema Meio Ambiente.
• Leia a carta da terra e veja o quanto estamos agredindo a nós mesmos diariamente com nossas ações consumistas.

Pequenas ações praticadas por várias pessoas podem resultar em grandes resultados. É assim desde que nos entendemos por gente, então basta que uma pessoa comece para atingir grandes proporções. É aí que se encontra nossa grande diferença entre os animais: a grande capacidade de aprender e repassar adiante aquilo que acreditamos ser certo. E o que vem a ser certo para você? O que será que vale realmente a pena ser repassado as crianças? Abraço a todos os leiores. E como diz a primitiva Na´vi Neytiri: “Eu vejo vocês” e também acredito em vocês.

Atenciosamente,


Rayssa Amaral Barros (Foto: Érica Araújo)
Acadêmica de Biologia da UNIFAP (por pouco tempo), Guarda-parque voluntária e ambientalista de coração.

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